Publicado em 24/08/2012
DIÁRIO DE SÃO PAULO
Com obras
iniciadas em março deste ano, o edifício ganhará novos apartamentos para
receber músicos, atores e cineastas aposentados
receber músicos, atores e cineastas aposentados
UM
EDIFÍCIO DE CINEMA
Detalhes
Publicado em Domingo, 1 Julho 2012 22:48
Diário do Comercio
Escrito por André de
Almeida
Histórico - Na década de 1920, quando inaugurado, o então Palacete
Antonio Caldeira tinha uso exclusivamente residencial em seus 22 apartamentos,
que ocupavam do primeiro ao quinto andar. Mais tarde, por volta de 1930, o
edifício foi adquirido pelo Conde Rodolpho Crespi e renomeado para Palacete
Santa Cruz, com 3,6 mil metros quadrados de área construída.
Duas décadas depois, a edificação foi reformada para integrar a malha
hoteleira no entorno dos cinemas e teatros do Centro. Mudou de nome novamente,
passou a Palacete Cinelândia e, posteriormente, a Hotel Cineasta, que manteve
as portas abertas até 2001. No ano passado, o prédio foi comprado pela Cohab
por R$ 4,2 milhões, com financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) e passou
a integrar o Programa Renova Centro.
Projeto - De acordo com o projeto, a fachada do edifício, tombada pelo
patrimônio histórico, será restaurada com o objetivo de preservar e resgatar
suas características originais, perdidas em antigas reformas. Os 50
apartamentos projetados para os artistas aposentados estarão distribuídos entre
o 2º e o 6º andares, dez por pavimento.
Segundo o vice-presidente da Cohab, o hall de entrada receberá
intervenções artísticas e arquitetônicas, propostas para retratar o ambiente da
época da construção do palacete e o interior de teatros e cinemas das décadas
de 30, 40 e 50.
O espaço terá painéis de madeira, fotos de época, iluminação especial e
até um tapete vermelho para homenagear os novos moradores. "No térreo
teremos um amplo salão multiuso de convivência para festas, atividades de
lazer, cozinha comunitária e área administrativa do prédio. Muitas
características internas serão mantidas, como as paredes de mármore do hall dos
elevadores, o piso original da década de 1920 e os jardins internos ", diz
Vasconcelos Neto.
A destinação do edifício para artistas aposentados foi possível, entre
outras medidas, pelo fato de o sindicato e a associação que representam a
categoria pertencerem ao cadastro da Cohab para o Programa Renova Centro. Além
disso, artistas conhecidos e em atividade fizeram campanha a favor da
categoria. "Eles precisavam de um espaço como este. Muitos, inclusive pela
própria idade, enfrentam dificuldades de locomoção. Por isso, as obras irão
priorizar a questão da acessibilidade, com a construção de rampas que facilitam
a locomoção", explica o vice-presidente da Cohab.
Apoio - Na opinião do superintendente da Distrital Centro da Associação
Comercial de São Paulo (ACSP), José Alarico Rebouças, destinar um imóvel para a
classe dos artistas aposentados é uma iniciativa muito interessante, até mesmo
pela localização do edifício. "Lá eles encontrarão uma grande concentração
comercial e de serviços, com proximidade e fácil acesso’’, diz. Para o
dirigente, ocupar os prédios ociosos do Centro é uma ação válida, mas é preciso
observar o perfil do novo morador. ‘’Nada mais justo do que homenagear esses
artistas que contribuíram para a nossa cultura em um passado não muito
distante", conclui o dirigente. (FONTE: DIÁRIO DO COMERCIO)
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